sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Correcção

Algures neste blog escrevi "Provavelmente o Reveillon mais gabarolas de sempre."

Em menos de dois meses já cheguei a uma conclusão: este Reveillon não foi gabarolas. Pareceu-me gabarolas na altura. Mas não.

Na realidade até foi bastante modesto.

domingo, 10 de fevereiro de 2008

" Uma semana, muito pouco sono, relógio "

"Acordo de noite subitamente.
E o meu relógio ocupa a noite toda.
Não sinto a Natureza lá fora,
O meu quarto é uma coisa escura com paredes vagamente brancas.
Lá fora há um sossego como se nada existisse.
Só o relógio prossegue o seu ruído.
E esta pequena coisa de engrenagens que está em cima da minha mesa
Abafa toda a existência da terra e do céu...
Quase que me perco a pensar o que isto significa,
Mas estaco, e sinto-me sorrir na noite com os cantos da boca,
Porque a única coisa que o meu relógio simboliza ou significa
É a curiosa sensação de encher a noite enorme
Com a sua pequenez..."


E continuo com esta resignação de achar que as palavras de outras pessoas falam sempre melhor que as minhas.

Sempre não. Há coisas que ninguém pode dizer por mim ;)

domingo, 3 de fevereiro de 2008

" E desde então, sou porque tu és
E desde então és,
sou e somos
E por amor
Serei... Serás... Seremos. "


Pablo Neruda

sábado, 5 de janeiro de 2008

Desassossego!

" Tenho sido sempre um sonhador irónico, infiel, às promessas interiores. Gozei sempre, como outro e estrangeiro, as derrotas dos meus devaneios, assistente casual ao que pensei ser. Nunca dei crença àquilo em que acreditei. Enchi as mãos de areia, chamei-lhe ouro, e abri as mãos dela toda, escorrente. A frase fora a única verdade. Com a frase dita estava tudo feito; o mais era a areia que sempre fora.

Se não fosse o sonhar sempre, o viver num perpétuo alheamento, poderia, de bom grado, chamar-me um realista, isto é, um indivíduo para quem o mundo exterior é uma nação independente. Mas prefiro não me dar nome , ser o que sou com uma certa obscuridade e ter comigo e ter comigo a malícia de me não saber prever. " (Livro do Desassossego, Bernardo Soares).



Natal. O costume. Prendas, família, correria, chocolate... Desleixo. E ainda bem.

Reveillon. Diferente. Leviano, inesquecível. Amizade. Pura assunção daquilo que, não o sendo, sou. Provavelmente o Reveillon mais gabarolas de sempre.

Exames. O costume... Desleixo. Correria.



E um Grande 2008, Amigos :)